Versão revisada do Guia Prático Manejo Apropriado de Água – V2

Nota

Hoje, 24 de março de 2022, foi lançado em nosso site uma versão atualizada da cartilha Guia Prático Manejo Apropriado de Água – volume 2.

Ela está disponível para acesso e download na biblioteca da Fluxus, no link http://fluxus.eco.br/biblioteca/

Se atualize e boa leitura!

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Lançamento da vídeo-aula de Aproveitamento de Água de Chuva no Dia da Água (22/Mar)

A Água é um presente do Céu à Terra. É ela que traz vida, movimento, fluidez, limpeza, abundância, conforto, leveza. Toda a Natureza celebra sua chegada, festeja com toda beleza que ela trás e se revigora!

Em tempos antigos, ou ainda hoje se considerarmos os povos mais ligados à terra, a chuva também era celebrada pelos humanos. Relacionavam as chuvas a divindades e cultuavam-nas. Tlaloc era o deus da chuva na cultura Asteca; Chi Sung Tzu estava presente na cultura chinesa; Agnikumara era quem controlava as chuvas para os povos hindus; os incas veneravam a Ilyapa e os maias, a Chiccan. Na Mesopotânia a deusa An era a criadora do universo e responsável pelas chuvas, para os Navarros o deus Tonenili controlava as chuvas e o deus Tienoltsodi distribuía esta água doce pela Terra. Estes são apenas alguns exemplos de centenas de deuses relacionados à chuva, mundo afora. 

Para os Navarros, um deus era responsável por distribuir a água pela Terra, isto reflete o quão importante era, para eles, esta distribuição, pois se ela fosse mal feita ocasionaria escassez e colocaria a todos em risco de morte. Os povos antigos, sabendo das dificuldades que uma eventual escassez de água traria, usavam estratégias para reter a água da chuva que lhes era ofertada pelos Céus. Como um presente, aquela água não poderia ser descartada ou simplesmente mandada embora – deveria ser valorizada e aproveitada ao máximo, com gratidão!

Cisterna em Jerusalém, cerca de 950 a. C.

No entanto, com o passar do tempo e o distanciamento do homem da Natureza, foi-se perdendo a noção da importância que a Água tem para nossas vidas. A Água deixou de ser percebida em seus ciclos e passou a ser notada apenas quando sai (ou deixa de sair) das torneiras. Passou a ser vista como algo trivial, não mais se reconhecendo o presente que ela é.

As cidades e as casas passaram a ser planejadas para mandar para longe a água da chuva, os rios foram cobertos e a água passou a ser algo distante da vida humana. O homem passou a se deparar com a água, no seu modo natural, apenas quando a chuva aparece, e a chuva passou a ser vista como um atrapalhamento, um desconforto. Os ciclos sumiram, as cidades secaram! Quem sabe se não são os deuses das chuvas tentando mostrar para nós, humanos, o valor que a água tem?

Se forem os deuses se manifestando, eles estão tendo bons resultados! Nos últimos anos a população, de modo geral, vem se atentando mais às questões que envolvem o cuidado e aproveitamento respeitoso das águas. O poder público vem, a passos lentos mas consistentes, liberando e incentivando a captação de água da chuva. O mundo vem percebendo a importância deste tema! E a Fluxus, há tempos, vem levantando esta bandeira!

E hoje, com grande alegria, trazemos mais uma iniciativa que nasce da parceria entre Guilherme Castagna e Caio Ferraz, o Instituto Nova Água

Já na sua inauguração um presente é trazido para todos nós: o vídeo “O que é preciso considerar para desenvolver um projeto de captação e aproveitamento de água de chuva” e uma cartilha chamada “Guia Prático para captação e aproveitamento de água de chuva”, que apoia o vídeo trazendo um aprofundamento teórico sobre dimensionamentos, equipamentos e assuntos necessários para se desenvolver um bom projeto.

Imagem ilustrativa do vídeo.

Com este material você vai aprender os princípios básicos para pensar um sistema de captação e aproveitamento de água de chuva. Vai ficar mais fácil entender a importância dos ciclos das chuvas na sua região, assim como conceitos sobre dimensionamento de cisterna e reservatório elevado, bombas, filtros e equipamentos de desinfecção; quais são as escolhas mais adequadas para cada caso, os cuidados necessários para que se tenha uma água de boa qualidade e, também, para que se faça um uso sem desperdício desta Água!

Agradecemos ao Sesc Vila Mariana pelo apoio e pela parceria! O vídeo foi produzido como parte da programação em Educação para Sustentabilidade do SESC Vila Mariana.

Acompanhe também os canais do Instituto Nova Água

Conheça mais sobre o trabalho de Caio Ferraz e da Meridiano Filmes

Feliz Dia Mundial da Água!

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Curso Criando Paisagens Produtivas com Água de Chuva – Junho/2017

“Água de Janeiro vale dinheiro” – ditado popular

No momento chove no Sudeste. Na verdade, chove há dias, e isso em pleno inverno, o período seco desta região que há pouquíssimo tempo vivia a maior crise de abastecimento hídrico de sua história,

No Distrito Federal, por sua vez, a crise de abastecimento se torna mais crítica:

Brasília entra em estado de emergência ambiental

http://www.metropoles.com/distrito-federal/seca-brasilia-entra-em-estado-de-emergencia-ambiental

Canteiro de obras para captação emergencial no Lago Paranoá começa a ser montado

https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2017/05/18/canteiro-de-obras-para-captacao-emergencial-de-agua-no-lago-paranoa-comeca-a-ser-montado/

Mesmo depois de intenso racionamento, os reservatórios que hoje abastecem o Distrito Federal possuem água para poucos meses de atendimento à população.

Esqueça os padrões habituais do clima, o novo normal são períodos de seca e chuva extremos que vem levando regiões de todo o mundo, depois de também passarem por situações extremas, a criar uma infraestrutura que acolha a água e recrie padrões integros para o ciclo hidrológico, numa abordagem também chamada de infraestrutura verde.

Parte fundamental desta baseia-se na criação de paisagens capazes de reter a Água, e impedir que ela simplesmente escoe. Para isso é preciso pensar como Água. Encontrar nichos onde ela possa ser acolhida, e passar a redesenhar todas novas edificações e espaços, no meio urbano, ou rural, de forma que sejam capazes de rete-la, criando Paisagens Produtivas com Água de Chuva.

Venha aprender a projetar e a construir paisagens vibrantes e resilientes usando telhados verdes e/ou azuis, cisternas, jardins de chuva, lagos, barraginhas, canais de infiltração, e mais!

CURSO: Criando Paisagens Produtivas com Água de chuva

LOCAL: Espaço Almagestum, Pedra Bela/SP

DATA: 16 a 18/Junho/2017

Mais informações: http://www.almagestum.pro.br/single-post/2016/12/03/CURSO-Criando-paisagens-produtivas-com-%C3%A1gua-de-chuva-com-Guilherme-Castagna—16-17-e-18Jun2017

Espero ver muitos de vocês por lá!

Um grande abraço,

Guilherme Castagna

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Expedição Rio Doce Vivo – trabalhando pela regeneração do Rio Doce e suas comunidades

Enquanto o governo e os responsáveis seguem distante das ações relevantes, e a população vive anestesiada em frente à TV pela briga dos podres poderes no Planalto, uma equipe de 7 pessoas, entre educadores, engenheiros, artistas e documentaristas se lançaram rumo ao Rio Doce, dispostos a conhecer de perto os efeitos da terrível catástrofe causada pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério de propriedade da mineradora Samarco (joint venture entre a australiana BHP Billiton e a Vale), levando ações educativas para uma série de comunidades atingidas. Oficinas de construção de cisternas e de filtro lento de areia para purificação de água em regiões cujo abastecimento de água foi interrompido, reuniões de trabalho para fortalecimento de iniciativas de grupos locais, rodas de conversa, cinema móvel, visitas e tomada de amostras de campo para análise técnica em preparação ao planejamento da segunda etapa da viagem, que acontecerá em Janeiro, em data a ser definida.

A realização da expedição está sendo custeada por um financiamento coletivo, aberto até dia 21/Dez, e ainda precisa de apoio.

A Fluxus apoia a Expedição Rio Doce Vivo. Apoie você também, ajude a divulgar, e junte-se ao grupo neste movimento de restauração do Rio Doce!

Para saber mais acesse a página da Expedição no face http://bit.ly/expedicaoriodocevivonoface

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Aplicação da tecnologia flowform para o tratamento de esgoto da cidade de Soerendonk (Holanda)

Na reta final para a realização do curso “A Natureza Rítmica da Água“, compartilhamos o artigo abaixo, escrito por Paul Van Dijk (facilitador do curso) e traduzido pelos parceiros do Curso do Rio, em que o autor compartilha os princípios fundamentais da aplicação da tecnologia dos flowforms para a revitalização da água tratada por uma ETE na cidade de Soerendonk, na Holanda. Uma experiência de revitalização plena e de elevados princípios de restauração ecológica.

O Curso acontece dos dias 03 a 05 de Julho na Fazenda Retiro, em Ilhabela. Estaremos lá!

Boa leitura!

http://cursodorio.com.br/home/aplicacao-da-tecnologia-flowform-no-tratamento-de-agua-de-esgoto-em-soerendonk-holanda/

Aplicação da Tecnologia Flowform® no Tratamento de Água de Esgoto em Soerendonk – Holanda

Situação e Ambição

Escondida atrás da densa vegetação, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Soerendonk já trata a água de esgoto doméstico das cidades vizinhas há mais de 40 anos. Visando modernizar esta ETE, o Comitê de Águas De Dommel começou a considerar as mais modernas tecnologias disponíveis na Europa.
O desempenho técnico de purificação da ETE foi melhorado. A integração na paisagem foi garantida pelo cuidado com a arquitetura, com a preservação de estruturas verdes e com o reforço dos principais elementos da estrutura ecológica. Trilhas de caminhada e ciclismo ao longo dos cursos d’água foram integrados em um circuito regional de lazer.
Em uma Gaita D’Água (Water Harmonica) construída em grande escala, na qual o efluente dos filtros de areia é oxigenado e ritmicamente tratado em uma cascata de flowforms®. Deste modo o efluente é limpo de resíduos bacterianos e inoculado com os organismos típicos da flora e fauna da micro bacia. O resultado é a pedra fundamenta deste projeto servindo integralmente às ambições do comitê. Outros objetivos alcançados são a melhoria da qualidade dos efluentes, armazenamento de água na bacia hidrográfica, restauração da paisagem natural e a criação de opções recreativas e educativas para o público.

A Gaita D’Água

Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)O design da Gaita D’Água Soerendonk é composto por três seções,  construídas no entorno da ETE convencional: lagoas daphnia (1), pântanos vegetados (2) e a  lagoa pró biótica (3) (a partir de onde a água é levada através de uma passagem de peixes para o rio Buulder Aa ). O filtro de areia faz com que seja possível poupar espaço, porque por este filtro a carga da matéria em suspensão nos tanques de daphnia diminui. Além disso a economia de espaço é obtida usando o pântano vegetado parcialmente como um filtro, com plantas aquáticas submersas. Todo o efluente das águas residuais de 40.000 habitantes (5000 m³/d) é tratado nesse sistema, com capacidade hidráulica máxima de 1.000 m³/h. No total, o tempo que a água permanece na Gaita é de 4 dias.
Todo o sistema  da Gaita D’Água Soerendonk é aberto ao público. Um percurso de bicicleta leva à uma ponte sobre as lagoas de daphnia na seção 1 (linha amarela, à direita da figura 1), com vista para a cascata de flowforms®. Por meio de um passeio as seções 2 e 3 podem ser visitadas e experienciadas.

A Cascata de Flowform®

Entre o filtro de areia da antiga instalação convencional (diretamente acima de 1) e as Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)logoas de daphnia, foi construída uma cascata de flowform® (à direita de 1), que da ao efluente um tratamento rítmico. Pela primeira vez no mundo todo o fluxo de efluentes de uma estação de tratamento de esgoto será integralmente submetido a um processo rítmico de vitalização, o que não só irá melhorar a quantidade de oxigênio na água de uma forma perfeita, mas que também tem um efeito estimulante sobre toda a ecologia da bacia hidrográfica. Esse sistema foi desenhado pelo artista Paul van Dijk, que enfrentou o desafio de traduzir os modelos existentes de flowform em pequena escala para um conceito tecnicamente viável para grandes vazões, lidando também com uma inclinação muito sutil (5%).
O movimento extremamente vivaz da água pode ser observado a partir da ponte para bicicletas.
A cascata consiste em 45 fileiras de flowform® cobrindo uma área de cerca de 30 x 6 metros. Uma fileira contém 6 módulos. Cada módulo consiste de 3 flowforms®. Consequentemente, uma fileira é composta por 18 flowforms®.
O fluxo total de água que abastece o sistema é distribuído igualmente entre estas 45 fileiras.
Uma unidade flowform®, projeto de Paul van Dijk, mede cerca de 50 x 100 x 15 cm, é feita de um poliéster(totalmente fechado) e preenchida com espuma PU. Uma unidade contém 3 Flowforms®.

Ritmo e Tecnologia  Flowform®

A água é a portadora da vida. Água saudável é de importância crucial para a emergência e manutenção dos processos vitais.
Paul van Dijk: “pela observação cuidadosa do comportamento da água em diferentes situações naturais, torna-se claro que é da natureza das águas reagir com ritmo à resistência, por menor que esta seja. E, em particular, com um trajeto de vórtices espiralando para a esquerda e a para direita. Pense, por exemplo, em um rio sinuoso  ou na sequência de vórtices gerados atrás de um pilar em um rio. Com vórtices em espirais rítmicas a água esta em seu elemento”.

Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)

Imagem 1: Uma trilha de vórtices feita pelo movimento linear de um pincel da esquerda para a direita em água parada, visível pelo uso de um contraste branco.
Imagem 2:Diagrama dos movimentos da água através de uma cascata de flowforms.

Paul: “Na concepção de um flowform® eu tento “estruturar” a resistência criando relações sutis e curvaturas nas superfícies, de modo que a água reaja com um ritmo persistente no padrão de fluxo em lemniscata. É isso que eu chamo do princípio da fowform®. O flowform® foi desenvolvido empiricamente de acordo com a natureza da própria água. A água que foi ritmicamente tratada desta maneira pode ser portadora de uma variedade de processos de vida “.

Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)

Primeiro no Mundo

Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)Essa é a primeira vez que o princípio da flowform® encontra aplicação nessa escala, para um volume grande de água e com tão pouca inclinação (aqui houve pouca declividade disponível, apenas 30 cm). Este projeto foi concluído na Primavera de 2012.

 

 

 

Tradução: Esse artigo foi traduzido por Gabriel Barbosa Lima com autorização direta de Paul Van Dijk

Bibliografia: Schwuchow: água energizante, tecnologia flowform e o poder da natureza. Sophia Books, Reino Unido de 2010.
John Wilkes: Flowforms. O poder rítmico da água. Floris Books, Reino Unido de 2003.
Theodor Schwenk: Das caos sensata. Verlag Freies Geistesleben. Stuttgart (DE) 1962
www.paul-van-dijk.com

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Fluxus Contrata – CVs até 24/Jan!

Car@s amig@s,

Estamos buscando um profissional com formação técnica, prática e/ou acadêmica que atenda os pré-requisitos abaixo:
. Hidráulica predial (teoria e/ou prática) – nível intermediário/avançado;
. Informática: AutoCAD e Excel – nível intermediário/avançado;
. Inglês intermediário / avançado (para leitura/estudos e conversação);
. Prática diária de princípios mínimos de sustentabilidade;
. Perfil: pró-ativo, organizado, disposto a aprender e a colaborar na melhoria contínua dos nossos processos, habilidade para lidar simultaneamente com diversos projetos, e comunicativo(a). , disposto(a) a desenvolver projetos que desafiam a lógica convencional de processos e materiais voltados a sustentabilidade – em ambientes urbanos e rurais – com foco em soluções voltadas ao manejo integrado de Água, segundo a visão da Permacultura.

Desejável:

Habilidades no uso do Sketchup, REVIT ou outro software 3D;
Conhecimentos de permacultura;
Noções de hidrologia;

More na região da Vila Madalena/Sumaré/Pompéia/Pinheiros/Lapa/ Barra Funda ou imediações.

Disponibilidade:

Inicialmente de 3 a 5 vezes por semana, meio período ou integral, de acordo com o perfil e disponibilidade;
Contrato temporário de 3 meses, com vistas a incorporação do(a) contratado(a) como colaborador(a) permanente do escritório.

Atividades:

Elaboração de pré-estudos e projetos técnicos no AutoCAD, Sketchup e Excel, com suporte técnico da equipe Fluxus;
Visitas técnicas de acompanhamento de projetos;
Estudos técnicos visando desenvolvimento de novas plataformas de ação em gestão integrada de água segundo a visão da Permacultura.

Local de trabalho:

Escritório nas imediações da Rua Heitor Penteado (São Paulo), a poucas quadras do Metrô Vila Madalena, em escritório compartilhado, também sede da Livraria Tapioca.Net, com acesso a todo o acervo da livraria para estudos pessoais.

Para conhecer um pouco mais de nossos trabalhos acesse as páginas a seguir:

Blog Fluxus:

http://www.fluxus.eco.br

Fluxus no Facebook:

https://www.facebook.com/#!/pages/Fluxus-Design-Ecol%C3%B3gico/348851478464125?fref=ts

Projeto Harmonia 57 (2007/2008):

http://www.archdaily.com/6700/harmonia-57-triptyque/

Projeto Residencial em Itu (2008/2009):

http://www.leonardofinotti.com/projects/pv-house

Guia de Sustentabilidade em Meios de Hospedagem – Santander (2010)

http://sustentabilidade.santander.com.br/biblioteca/Lists/Biblioteca/DispForm.aspx?ID=127

Estádio Nacional de Brasília – Mané Garrincha (2012)

http://pagina22.com.br/index.php/2012/10/mane-garrincha-na-frente-do-gol/

Os interessados devem enviar CV com referências para o endereço fluxus@designecologico.net, com o assunto “VAGA” até 24/Janeiro. Início previsto em Fevereiro.

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Artigo sobre Manejo Integrado no Estádio de Brasília

Artigo sobre Manejo Integrado no Estádio de Brasília

O Portal AECWeb – O Portal de Arquitetura, Engenharia e Construção publicou como estudo de caso o projeto da Fluxus de manejo integrado de águas pluviais no Estádio de Brasília.

Vale ler o artigo e saber mais sobre o desenvolvimento desse projeto!

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FLUXUS Abre vaga – Desenhista SketchUP

Car@s amig@s,
Fluxus Design Ecológico está divulgando vaga para possíveis interessados para integrar nossa equipe pontualmente para um projeto, podendo estender a uma relação de parceria para futuros trabalhos.
Nossa área de atuação: Projetos de engenharia voltados ao manejo integrado de água, segundo a visão da permacultura.

Abaixo seguem as informações sobre a vaga:

Buscamos um profissional com formação técnica, prática e/ou acadêmica para nos apoiar na elaboração de projeto na plataforma Sketchup, e que atenda os pré-requisitos abaixo: 

. SketchUP – Avançado;
. Hidráulica predial (teoria e/ou prática) – nível básico/intermediário;
. Informática: AutoCAD – nível básico/intermediário;
. Pratica diária de princípios mínimos de sustentabilidade;
. Perfil: pró-ativo, organizado, disposto a aprender, ensinar e a colaborar na melhoria contínua dos nossos processos, habilidade para lidar simultaneamente com diversos desenhos/projetos, e comunicativo(a), disposto(a) a desenvolver projetos que desafiam a lógica convencional de processos e materiais voltados a sustentabilidade – em ambientes urbanos e rurais – com foco em
soluções voltadas ao manejo integrado de Água, segundo a visão da Permacultura.

Desejável: 

. Conhecimentos de permacultura;
. Noções de hidrologia;
. More na região da Vila Madalena/Sumaré/Pompéia/Pinheiros/Lapa/Barra Funda ou imediações.

Disponibilidade: 

. Inicialmente de 3 a 5 vezes por semana, meio período (manhã preferencialmente), de acordo com o perfil e disponibilidade.

Contrato temporário para projeto específico, com término previsto para outubro, com possibilidade de incorporação do(a) contratado(a) como parceiro para futuros projetos da FLUXUS. 

Atividades: 

. Elaboração de pré-estudos e projetos técnicos no Sketchup e AutoCAD, com suporte técnico da equipe Fluxus;
. Possíveis visitas técnicas de acompanhamento de projetos;
. Estudos técnicos visando desenvolvimento de novas plataformas de ação em gestão integrada de água segundo a visão da Permacultura.

Local de trabalho: 

Escritório nas imediações da Rua Heitor Penteado (São Paulo), a poucas quadras do Metrô Vila Madalena, em escritório compartilhado, também sede da Livraria Tapioca.Net, com acesso a todo o acervo da livraria para estudos pessoais.

Os interessados devem enviar CV com referências para o endereço: fluxus@designecologico.net com o assunto “VAGA” até 30/Junho. Início previsto em JULHO.

Para conhecer um pouco mais de nossos trabalhos acesse as páginas a seguir:
http://www.fluxus.eco.br [2]
https://www.facebook.com/#!/pages/Fluxus-Design-Ecol%C3%B3gico/348851478464125?fref=ts [3]
http://www.archdaily.com/6700/harmonia-57-triptyque/ [4]
http://www.leonardofinotti.com/projects/pv-house [5]
http://pagina22.com.br/index.php/2012/10/mane-garrincha-na-frente-do-gol/ [6]
http://sustentabilidade.santander.com.br/biblioteca/Lists/Biblioteca/DispForm.aspx?ID=127 [7]

Atenciosamente


 

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Gestão integrada da água – matéria na revista Infraestrutura

Matéria escrita por Guilherme Castagna para a revista Infraestrutura (editora Pini), edição de Ago/2012, disponível no endereço:

http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/17/gestao-integrada-da-agua-a-descentralizacao-e-integracao-dos-263166-1.aspx

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Gestão integrada da água

A descentralização e integração dos sistemas de manejo de água podem viabilizar o uso de tecnologias de baixo impacto, com custo reduzido e alta qualidade no tratamento

Em diversas áreas do conhecimento, cientistas se voltam à natureza como fonte de inspiração para resolução de problemas complexos, compreendendo que os seres e sistemas que estão a nossa volta são resultado de um longo processo de design, afinado em seus mínimos detalhes numa busca de regeneração, evolução e proliferação constante da vida. No que se refere à água, vale lembrar que num simples dia milhares de quilômetros cúbicos são reciclados e purificados utilizando energia gratuita do sol, sendo disponibilizados livremente para todas as formas de vida, tão pura quanto possível.

[Para criar sistemas de manejo de água que envolvam o abastecimento, tratamento de águas residuárias e drenagem de maneira integrada, é fundamental incorporar dois conceitos básicos: descentralização e integração]

Em contraste a essas referências, observamos a realidade da maioria das cidades brasileiras, em que predomina um modelo inadequado, em que o aumento de concentração demográfica e das atividades humanas gera um ciclo vicioso de contaminação dos recursos hídricos locais, e por consequência a busca de volumes cada vez maiores de fontes cada vez mais escassas e distantes, gerando um cenário de crescente escassez.

Para criar sistemas de manejo de água que envolvam o abastecimento, tratamento de águas residuárias e drenagem, pautados nos princípios de funcionamento dos sistemas naturais, é fundamental incorporar dois conceitos básicos: descentralização e integração. Tomemos a dinâmica da água em bacias hidrográficas como ponto de partida. Imagine a ampla rede de nascentes, córregos, riachos e rios formadores de uma determinada bacia, e pense nela como um sistema de abastecimento de água.

Além de trabalhar por gravidade, o comprometimento em termos qualitativos ou quantitativos de uma das “n” ramificações (descentralização) não interfere significativamente na qualidade e no volume total do rio principal (integração), o que confere ao sistema segurança, flexibilidade e resiliência, aspectos fundamentais em sistemas públicos de abastecimento de água.

O princípio de descentralização também pode ser aplicado aos sistemas de tratamento de esgoto, que atendendo núcleos reduzidos podem recorrer a tecnologias de baixo impacto, trabalhando por gravidade (na medida do possível), com custo inferior, e resultados qualitativos muito superiores a sistemas centralizados de grande porte, que também podem contribuir para o abastecimento de consumo não potável local, fortalecendo a integração entre os sistemas. Uma referência prática são as centenas de estações de tratamento de efluentes distribuídas em Berlin.

Os topos de morro são áreas fundamentais para a recarga dos lençóis freáticos, por meio da lenta liberação de água retida na cobertura vegetal e nos interstícios do solo, reduzindo ao mínimo o escoamento superficial de água, colaborando para a manutenção do fluxo de água dos rios e córregos e mantendo desta forma a qualidade e a disponibilidade de água do já referido sistema de abastecimento.

Infraestrutura verde é o nome dado ao conceito que incorpora o planejamento e construção de estruturas de drenagem sustentável que lidam de forma análoga ao sistema natural, retendo água pluvial localmente (descentralização) e potencializando a melhora da qualidade da água para o abastecimento local para fins não potáveis, ou mesmo para o abastecimento de corpos d’água (integração). O desafio de incorporar estes princípios em sistemas já construídos é complexo, mas o resultado compensa o esforço da transição.

Guilherme Castagna engenheiro civil, designer ecológico e coordenador de projetos da Fluxus Design Ecológico.

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