Posts

Aplicação da tecnologia flowform para o tratamento de esgoto da cidade de Soerendonk (Holanda)

Na reta final para a realização do curso “A Natureza Rítmica da Água“, compartilhamos o artigo abaixo, escrito por Paul Van Dijk (facilitador do curso) e traduzido pelos parceiros do Curso do Rio, em que o autor compartilha os princípios fundamentais da aplicação da tecnologia dos flowforms para a revitalização da água tratada por uma ETE na cidade de Soerendonk, na Holanda. Uma experiência de revitalização plena e de elevados princípios de restauração ecológica.

O Curso acontece dos dias 03 a 05 de Julho na Fazenda Retiro, em Ilhabela. Estaremos lá!

Boa leitura!

http://cursodorio.com.br/home/aplicacao-da-tecnologia-flowform-no-tratamento-de-agua-de-esgoto-em-soerendonk-holanda/

Aplicação da Tecnologia Flowform® no Tratamento de Água de Esgoto em Soerendonk – Holanda

Situação e Ambição

Escondida atrás da densa vegetação, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Soerendonk já trata a água de esgoto doméstico das cidades vizinhas há mais de 40 anos. Visando modernizar esta ETE, o Comitê de Águas De Dommel começou a considerar as mais modernas tecnologias disponíveis na Europa.
O desempenho técnico de purificação da ETE foi melhorado. A integração na paisagem foi garantida pelo cuidado com a arquitetura, com a preservação de estruturas verdes e com o reforço dos principais elementos da estrutura ecológica. Trilhas de caminhada e ciclismo ao longo dos cursos d’água foram integrados em um circuito regional de lazer.
Em uma Gaita D’Água (Water Harmonica) construída em grande escala, na qual o efluente dos filtros de areia é oxigenado e ritmicamente tratado em uma cascata de flowforms®. Deste modo o efluente é limpo de resíduos bacterianos e inoculado com os organismos típicos da flora e fauna da micro bacia. O resultado é a pedra fundamenta deste projeto servindo integralmente às ambições do comitê. Outros objetivos alcançados são a melhoria da qualidade dos efluentes, armazenamento de água na bacia hidrográfica, restauração da paisagem natural e a criação de opções recreativas e educativas para o público.

A Gaita D’Água

Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)O design da Gaita D’Água Soerendonk é composto por três seções,  construídas no entorno da ETE convencional: lagoas daphnia (1), pântanos vegetados (2) e a  lagoa pró biótica (3) (a partir de onde a água é levada através de uma passagem de peixes para o rio Buulder Aa ). O filtro de areia faz com que seja possível poupar espaço, porque por este filtro a carga da matéria em suspensão nos tanques de daphnia diminui. Além disso a economia de espaço é obtida usando o pântano vegetado parcialmente como um filtro, com plantas aquáticas submersas. Todo o efluente das águas residuais de 40.000 habitantes (5000 m³/d) é tratado nesse sistema, com capacidade hidráulica máxima de 1.000 m³/h. No total, o tempo que a água permanece na Gaita é de 4 dias.
Todo o sistema  da Gaita D’Água Soerendonk é aberto ao público. Um percurso de bicicleta leva à uma ponte sobre as lagoas de daphnia na seção 1 (linha amarela, à direita da figura 1), com vista para a cascata de flowforms®. Por meio de um passeio as seções 2 e 3 podem ser visitadas e experienciadas.

A Cascata de Flowform®

Entre o filtro de areia da antiga instalação convencional (diretamente acima de 1) e as Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)logoas de daphnia, foi construída uma cascata de flowform® (à direita de 1), que da ao efluente um tratamento rítmico. Pela primeira vez no mundo todo o fluxo de efluentes de uma estação de tratamento de esgoto será integralmente submetido a um processo rítmico de vitalização, o que não só irá melhorar a quantidade de oxigênio na água de uma forma perfeita, mas que também tem um efeito estimulante sobre toda a ecologia da bacia hidrográfica. Esse sistema foi desenhado pelo artista Paul van Dijk, que enfrentou o desafio de traduzir os modelos existentes de flowform em pequena escala para um conceito tecnicamente viável para grandes vazões, lidando também com uma inclinação muito sutil (5%).
O movimento extremamente vivaz da água pode ser observado a partir da ponte para bicicletas.
A cascata consiste em 45 fileiras de flowform® cobrindo uma área de cerca de 30 x 6 metros. Uma fileira contém 6 módulos. Cada módulo consiste de 3 flowforms®. Consequentemente, uma fileira é composta por 18 flowforms®.
O fluxo total de água que abastece o sistema é distribuído igualmente entre estas 45 fileiras.
Uma unidade flowform®, projeto de Paul van Dijk, mede cerca de 50 x 100 x 15 cm, é feita de um poliéster(totalmente fechado) e preenchida com espuma PU. Uma unidade contém 3 Flowforms®.

Ritmo e Tecnologia  Flowform®

A água é a portadora da vida. Água saudável é de importância crucial para a emergência e manutenção dos processos vitais.
Paul van Dijk: “pela observação cuidadosa do comportamento da água em diferentes situações naturais, torna-se claro que é da natureza das águas reagir com ritmo à resistência, por menor que esta seja. E, em particular, com um trajeto de vórtices espiralando para a esquerda e a para direita. Pense, por exemplo, em um rio sinuoso  ou na sequência de vórtices gerados atrás de um pilar em um rio. Com vórtices em espirais rítmicas a água esta em seu elemento”.

Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)

Imagem 1: Uma trilha de vórtices feita pelo movimento linear de um pincel da esquerda para a direita em água parada, visível pelo uso de um contraste branco.
Imagem 2:Diagrama dos movimentos da água através de uma cascata de flowforms.

Paul: “Na concepção de um flowform® eu tento “estruturar” a resistência criando relações sutis e curvaturas nas superfícies, de modo que a água reaja com um ritmo persistente no padrão de fluxo em lemniscata. É isso que eu chamo do princípio da fowform®. O flowform® foi desenvolvido empiricamente de acordo com a natureza da própria água. A água que foi ritmicamente tratada desta maneira pode ser portadora de uma variedade de processos de vida “.

Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)

Primeiro no Mundo

Flowforms in SWTP Soerendonk (Engels)Essa é a primeira vez que o princípio da flowform® encontra aplicação nessa escala, para um volume grande de água e com tão pouca inclinação (aqui houve pouca declividade disponível, apenas 30 cm). Este projeto foi concluído na Primavera de 2012.

 

 

 

Tradução: Esse artigo foi traduzido por Gabriel Barbosa Lima com autorização direta de Paul Van Dijk

Bibliografia: Schwuchow: água energizante, tecnologia flowform e o poder da natureza. Sophia Books, Reino Unido de 2010.
John Wilkes: Flowforms. O poder rítmico da água. Floris Books, Reino Unido de 2003.
Theodor Schwenk: Das caos sensata. Verlag Freies Geistesleben. Stuttgart (DE) 1962
www.paul-van-dijk.com

Compartilhe:

Curso teórico prático de Biodigestores e Biossistemas Integrados com Valmir Fachini

Car@s amig@s, acreditamos que uma verdadeira revolução no modus operandi de nossa sociedade só acontecerá através da Educação, num formato que sensibilize e una prática e teoria em abordagens sistêmicas. Assim, dedicados que somos a alterar de forma profunda a relação da sociedade com a Água, passaremos a oferecer cursos teórico-práticos, por instrutores projetistas da Fluxus, ou de parceiros competentes, sobre os temas que nos são caros. Para abrir com chave de ouro, teremos o enorme prazer de realizar nosso primeiro curso com a presença e coordenação do grande Mestre Valmir Fachini, fundador do OIA (O Instituto Ambiental), instituição pioneira na implantação de Biossistemas Integrados no país, com algumas centenas de projetos executados no Brasil e em toda América Latina. O curso acontece em um sítio familiar na agradável cidade de Pedra Bela, a 120km de São Paulo, situada no início da Serra da Mantiqueira, próximo à Bragança Paulista. Seja para tratar esgoto domiciliar, resíduos orgânicos ou mesmo efluentes de porcos (considerando que a região é o maior polo produtor de suínos do estado), o biodigestor é uma proposta muito valiosa de tratamento preliminar, e que se integra perfeitamente à proposta dos Biossistemas Integrados.

Biossistema Integrado é um conceito inovador que utiliza efluentes domésticos, de produção animal, e resíduos da agricultura, como fonte de produção de biogás e nutrientes, onde a água tratada é um subproduto do processo. O biodigestor é o primeiro elemento do biossistema, onde o efluente bruto é recebido e transformado em biogás e a matéria orgânica é transformada em nutrientes mineralizados, apropriados para aplicação agrícola, ou para reciclagem com produção de biomassa vegetal, que pode ser utilizada para produção de ração animal, cobertura de solo, compostagem, e uma infinidade de outros usos. Teremos trechos de teoria, exposições de fotos, estudos de caso e muita prática, com a construção de um biodigestor em alvenaria. Se você quer aprender sobre biodigestores, essa é a hora!

Sobre o facilitador: Valmir Fachini é co-fundador do O Instituto Ambiental (OIA), tem mais de 20 anos de experiência prática, da construção dos conhecidos biodigestores para comunidades de baixa renda em Petrópolis, à consultoria para o maior sistema de wetlands (zonas de raízes) implantado na América do Sul, atendendo 80.000 pessoas em Araruama/RJ. Vive desde 2010 no Haiti, onde tem trabalhado desde o terremoto que assolou o país em parceria com a Viva Rio na difusão da tecnologia dos Biossistemas Integrados.

Mais infos em: bit.ly/biodigestores

Prestigie, e compartilhe em suas redes!

Próximos cursos:

22 e 26 Abril: captação de água de chuva com Leonardo Tannous, em São Paulo/SP

10 e 11 Maio: telhado verde com Felipe Pinheiro e Peter Webb, em São Paulo/SP

23 e 24 Maio: energias renováveis e confecção de lâmpadas LED de baixo custo com Nilson Dias, em Pedra Bela/SP

Compartilhe:

Forum na UNICAMP: TRATAMENTO DE ESGOTO DE COMUNIDADES RURAIS E ISOLADAS: PROBLEMAS E SOLUÇÕES

TRATAMENTO DE ESGOTO DE COMUNIDADES RURAIS E ISOLADAS: PROBLEMAS E SOLUÇÕES

DATA: Terça-feira, 04 de setembro de 2012

SOBRE O EVENTO:

O Fórum TRATAMENTO DE ESGOTO DE COMUNIDADES RURAIS E ISOLADAS: PROBLEMAS E SOLUÇÕES organizado pelo Departamento de Saneamento e Ambiente da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da UNICAMP tem como proposta apresentar a problemática do tratamento de esgoto nas áreas rurais e isoladas do Brasil e as possíveis soluções que podem ser aplicadas a estas regiões.

A importância do Fórum está baseada em levantamentos que apontam os rios e os solos como os principais depositários dos dejetos provenientes de mais de 31 milhões de brasileiros que moram na área rural, comprometendo a qualidade das águas utilizadas para o próprio abastecimento, irrigação e recreação.

PROGRAMA:

8h30 Credenciamento

9h00 – Abertura

Prof. Dr. Adriano Luiz Tonetti

Prof. Dr. Bruno Coraucci Filho

9h10 – Palestra “Saúde ambiental do meio rural”

Pesquisador Prof. Dr. Francisco Anaruma Filho – Ecólogo do Departamento de Saneamento e Ambiente da FEC/UNICAMP

9h50 – Palestra “Comunidades isoladas: situação atual, importância da disseminação de tecnologias sustentáveis e atuação da ABES no setor”

Ana Lúcia Brasil – Coordenadora Geral da Câmara Técnica Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas da ABES-SP

10h30 – Coffee-Break

10h50 – Palestra “Alternativas para tratamento dos esgotos e aproveitamento dos efluentes em comunidades rurais”

Prof. Dr. Cícero Onofre de Andrade Neto – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

11h40 – Debate com os palestrantes do período da manhã

12h00 – Almoço

14h00 – Abertura do Período da Tarde

Pesquisador Prof. Dr. Francisco Anaruma Filho

14h10 – Palestra “A experiência da FEC-UNICAMP no desenvolvimento e aplicação de sistemas sustentáveis para o saneamento de comunidades isoladas”

Prof. Dr. Adriano Luiz Tonetti – Departamento de Saneamento e Ambiente da FEC/UNICAMP

14h50 – Palestra “O uso de Wetlands Construídas no saneamento de comunidades rurais”

Prof. Dr. Denis Miguel Roston – Faculdade de Engenharia Agrícola da UNICAMP

15h30 – Coffee-Break

15h50 – Palestra “O emprego de fossas sépticas biodigestoras e a difusão da tecnologia pela CATI”

Vera Lúcia Palla – Engenheira Agrônoma do Escritório de Desenvolvimento Rural da CATI Jaboticabal (SP)

16h30 – Debate com os palestrantes do período da tarde

17h00 – Encerramento

INSCRIÇÕES:

1 – Entre na página http://foruns.bc.unicamp.br/foruns/

2 – Acesse o ícone “Inscrições Abertas”

3 – Encontre o Fórum que está exposto no mês de setembro;

4 – Clique em “Inscrever-se neste evento”;

5 – Caso ainda não seja cadastrado, preencha o formulário que a inscrição estará completa.

LOCAL:

Auditório do Centro de Convenções da UNICAMP

Avenida Érico Veríssimo, 410 – Cidade Universitária, Campinas – São Paulo, 13083-851

CONTATO:

sanrural@fec.unicamp.br

MINICURRÍCULOS

Prof. Dr. Adriano Luiz Tonetti

Professor Doutor da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Possui graduação em Engenharia Química e doutorado em Engenharia Civil (Área Saneamento e Ambiente) pela Universidade Estadual de Campinas (2008). Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Tratamento e Reúso de Águas Residuárias.

Prof. Dr. Bruno Coraucci Filho

Doutor em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP. Atualmente é Professor Titular da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da UNICAMP, onde atua desde 1975. Na pós-graduação é docente das disciplinas: Disposição controlada de efluentes no solo; Saneamento de pequenas comunidades e Reúso de águas. Tem participado ativamente de projetos de pesquisa financiados pelo PROSAB que visam o desenvolvimento de tecnologias voltadas ao saneamento de pequenas comunidades.

Ana Lúcia Brasil

Formada em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e em Engenharia Sanitária pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Trabalhou sempre no setor público de Saneamento Ambiental. Primeiro na Companhia Estadual de Água e Esgotos do Ceará – CAGECE e, depois, na Companhia Estadual de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, onde se aposentou em 1998. Foi Coordenadora de Saneamento da Secretaria Estadual de Saneamento e Energia, entre 1998 e 2000 e Secretária Executiva do Conselho Estadual de Saneamento – CONESAN. Atualmente faz parte da Diretoria da ABES Seção São Paulo, além de coordenar a Câmara Técnica de Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas da ABES-SP e participar da secretaria executiva do Fórum Lixo e Cidadania do Estado de São Paulo.

Prof. Dr. Francisco Anaruma Filho

Possui graduação em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista – UNESP (1988) e doutorado em Parasitologia pela UNICAMP (2001). Atua na área de aplicação de métodos de análise espacial em dados epidemiológicos, espacialização do risco de doenças parasitárias, ecologia de doenças e saneamento ambiental. Integra grupo de pesquisa que avalia o uso e a destinação de esgoto sanitário na agricultura.

Prof. Dr. Cícero Onofre de Andrade Neto

Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia Sanitária e Doutor em Recursos Naturais com concentração em qualidade e tratamento de águas. É professor associado do Curso de Engenharia Civil e do Programa de Pós Graduação em Engenharia Sanitária da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atuou como consultor em engenharia sanitária e ambiental para vários órgãos e instituições de âmbito nacional e internacional, como: Organização das Nações Unidas; Organização Pan-americana de Saúde; Banco Mundial; Caixa Econômica Federal e PETROBRAS. É membro do Comitê Científico do Programa de Pesquisas do Departamento de Engenharia de Saúde Pública da FUNASA – Fundação Nacional de Saúde.

Prof. Dr. Denis Miguel Roston

Possui especialização em Engenharia Sanitária pela UNESCO-IHE Institute for Water Education (1983) e doutorado em Engenharia Civil pela Colorado State University. Atualmente é Professor Associado da Faculdade de Engenharia Agrícola da UNICAMP e atua principalmente nos seguintes temas: tratamento de resíduos da produção agrícola, sistemas simplificados de tratamento de águas e poluição na área rural.

Vera Lúcia Palla

Possui graduação e mestrado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária da UNESP, MBA em Gestão de Agronegócios pela Fundação Getúlio Vargas e Especialista em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Agrícolas pela Universidade Federal de Lavras. Atualmente trabalha na Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada (CATI) na Regional de Jaboticabal.

Compartilhe: