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Infiltrando jardins de chuva em São Paulo – Largo das Araucárias

Salve amig@s!

Neste início de ano celebramos com alegria redobrada a inauguração do Largo das Araucárias. Cravado no coração do bairro dos Pinheiros, em São Paulo, o Largo é fruto de um trabalho coletivo que transformou uma antiga área abandonada em um espaço revitalizado com mobiliário urbano e áreas de plantio de espécies nativas do Cerrado em trecho elevado da praça, e de várzea nos dois jardins de chuva projetados por nós. Os jardins de chuva recebem água de escoamento superficial da praça, além de 100% do volume produzido por um trecho da Rua Butantã, recolhendo integralmente este volume ao invés de despejá-lo nas galerias pluviais. Com isso recriamos um fragmento da paisagem ancestral, distante a apenas 650m do Rio Pinheiros, e oferecemos novo fôlego ao Córrego Rio Verde, que agora passa a receber milhares de litros por ano de água purificadas através do solo. Se você mora em São Paulo, ou pretende visitar a cidade, não perca a oportunidade de acompanhar os jardins recebendo doses massivas de chuva captadas nessa época do ano.

A iniciativa foi objeto de dois artigos escritos nos jornais Folha de São Paulo, e O Estado de São Paulo, entre Dez/2017 e Jan/2018, e está disponível como arquivo PDF em nossa Biblioteca, na seção “Na Mídia”.

Ficou curioso? Então saiba mais deste incrível projeto acessando sua página em nosso portfolio: http://fluxus.eco.br/portfolio/jardim-de-chuva-largo-das-araucarias/

Se você quer saber mais sobre jardins de chuva e outras medidas inovadoras de gestão urbana de água de drenagem, em medidas conhecidas como medidas compensatórias de microdrenagem, drenagem sustentável, ou manejo sustentável de água de chuva, assista ao nosso vídeo “Reidratando a paisagem urbana com água de chuva“, disponível no nosso canal no YouTube.

Agora, se você quer projetar um jardim de chuva para sua casa ou empreendimento, ou se é administrador público e reconhece a importância de medidas descentralizadas para gestão urbana de água de chuva e tem interesse em desenvolver políticas públicas inovadoras para seu município, entre em contato!

Que 2018 veja a Água sendo tratada com a reverência que merece.

Por todas nossas relações.

 

Guilherme Castagna

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Artigo sobre Manejo Integrado no Estádio de Brasília

Artigo sobre Manejo Integrado no Estádio de Brasília

O Portal AECWeb – O Portal de Arquitetura, Engenharia e Construção publicou como estudo de caso o projeto da Fluxus de manejo integrado de águas pluviais no Estádio de Brasília.

Vale ler o artigo e saber mais sobre o desenvolvimento desse projeto!

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1º Simpósio Brasileiro sobre aplicação de Wetlands Construídos no tratamento de Águas Residuárias

Parte de nossa Equipe Técnica esteve presente no 1º Simpósio Brasileiro sobre aplicação de Wetlands Construídos no tratamento de Águas Residuárias, realizado entre os  dias 09 a 11 de Maio de 2013, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina -UFSC.

Cerimonial de Abertura - Apresentações Oficiais e Hino Nacional.

Cerimonial de Abertura – Apresentações Oficiais

salão

Hino Nacional

Um evento de grande importância para o Brasil, uma vez que muitas universidades e pesquisadores vêm desenvolvendo seus estudos e aprimorando tecnologias relacionadas aos sistemas biológicos de tratamento de águas residuárias, em especial, os Wetlands Construídos.

O que são Wetlands construídos?

Wetlands (ou brejos) construídos são bacias alagadas com nível d’agua variável, estruturada para potencializar o tratamento realizado em ambiente aquático, com a melhoria de diversos parâmetros de qualidade, incluindo a retenção pontual de nutrientes, de forma natural.

Existem três principais tipos de Wetlands em relação ao fluxo hidráulico:

Wetland Construído de Fluxo Vertical Descendente

Wetland Construído de Fluxo Vertical Descendente FONTE: Andrade 2002.

Wetland Construído de Fluxo Vertical Descendente
FONTE: Andrade 2002.

Wetland Construído de Fluxo Vertical Ascendente

Wetland Construído de Fluxo Vertical Ascendente

Wetland Construído de Fluxo Vertical Ascendente
FONTE: Caderno de Agroecologia das Terras Altas da Mantiqueira-MG 2010

Wetland Construído de Fluxo Horizontal

Esta categoria se sub-divide em filtro de fluxo Superficial (água aparente) e fluxo Sub-superficial (sem água aparente)

horizontal

Wetland Construído de Fluxo Horizontal Sub-superficial

As Wetlands de fluxo Horizontal Superficial carregam certo receio por parte dos projetistas, uma vez que a lâmina d´água fica aparente, podendo ser criatório de mosquitos causadores de doenças, como o mosquito causador da dengue (Aedes aegypti).

A Fluxus apresentou no Simpósio a aplicação do conceito de utilização de wetlands para melhoria da qualidade de águas pluviais, conforme utilizado no projeto do Estádio Nacional de Brasília “Mané Garrincha”, onde foi adotado sistema com plantas emergentes, fixas através de suas raízes à um substrato, e cujas folhas crescerão acima da superfície da lâmina d’água.

Em cada uma das duas lâminas  do lago, há uma bomba solar que faz a recirculação da água entre o lago e a região de Wetland, favorecendo a oxigenação da água, e possibilitando a filtragem complementar da água pelo sistema de tratamento em Wetland de fluxo horizontal superficial, eliminando a formação de criatórios de mosquitos através da movimentação da água.

Wetland Construído Horizontal de Fluxo Superficial

Wetland Construído Horizontal de Fluxo Superficial

Enquanto a aplicação de wetlands no tratamento de águas residuárias (esgoto doméstico, efluentes de agroindústrias, lixiviado de aterros sanitários e outras aplicações similares) é realizada por sistemas plantados geralmente com suporte de material filtrante como pedra e areia, a dinâmica no tratamento de águas pluviais com vistas à redução da carga de poluição difusa pode ser feita sem o aporte destes materiais, reduzindo significativamente o custo, e o impacto ambiental (dispensando as operações de mineração de areia e pedra bem como toda a cadeia a ela associada), facilitando ainda a manutenção dos sistemas.

Poluição Difusa

É a poluição levada aos corpos d’agua pelo escoamento superficial de água a partir de áreas impermeáveis ou de baixa permeabilidade, como quintais, telhados, estacionamentos, e vias públicas, sendo dita difusa pois apresenta diversas origens de dificil identificação, podendo ser proveniente da emissão de escapamentos ou motores de veículos, de produtos químicos usados na limpeza e lavagem de pisos, óleos e graxas, bitucas de cigarro, resíduos sólidos, fezes de animais, e de fertifilizantes químicos, principalmente na área rural. Estudos recentes mostram que a carga de poluição difusa presente nos rios é maior do que aquele proveniente de ligações de esgoto (oficiais ou clandestinas), mostrando a importância da adoção de sistemas de melhoria de qualidade de águas pluviais no meio urbano, ou rural. Estes sistemas recebem o nome de “medidas compensatórias”, pois são dimensionados para compensar a criação de áreas impermeáveis com a redução da vazão de escoamento de pico, e com a melhoria da qualidade de água. Quando planejados num âmbito de maior escopo, são também chamados de infraestrutura verde.

Visita de Campo

No último dia do Evento foi realizada uma visita de campo a um dos sistemas implantados pela empresa Rotária do Brasil,  para o tratamento de esgoto de um condomínio residencial em um sistema de tratamento composto por reator anaeróbio compartimentado seguido de Wetland Construído de Fluxo Vertical Descendente. A desinfecção é feita através de pastilha dosadora de cloro e o efluente é devolvido ao corpo d´água local com qualidade atendendo os padrões exigidos pelo CONAMA

Grupo durante visita a campo.

Grupo durante visita a campo

Controle de Nível na saída do tratamento.

Controle de Nível na saída do tratamento

Somos gratos por ter conhecido novas pessoas e re-encontrado velhos amigos parceiros engajados pela causa do cuidado das nossas águas. Não importa onde estejamos, é nosso dever se responsabilizar de forma cuidadosa pelo tratamento de nossas águas servidas, devolvendo-as no mínimo tão limpas quanto a água que usamos. Fluxus está empenhada em aplicar tecnologias acessíveis e disponíveis, com baixíssimos gastos de operação e manutenção e com excelentes resultados de eficiência no tratamento das águas residuárias em projetos rurais e urbanos.

Além de purificar a água, as wetlands, uma vez implantadas passam a ser habitats para fauna local, belíssimos jardins, com potencial produção de fibras e biomassa, além de se tornar ambientes que acrescem umidade no entorno, favorecendo a regeneração dos ecossistemas.

Participantes do 1º Seminário de Wetlands Construidas (Brasil, Florianópolis/2013)

Participantes do 1º Seminário de Wetlands Construídas (Brasil, Florianópolis/2013)

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Jardins de Chuva: Lançamento de Cartilha Técnica Gratuita

Produzido pelo FCTH, em parceria com a ABCP em seu programa Soluções para Cidades, esta é a primeira publicação disponibilizada em sua seção dedicada ao Saneamento, com foco nas questões relacionadas à Drenagem de águas pluviais. Fugindo dos conceitos convencionais de drenagem, que buscam eliminar a presença da água através da implantação de “sistemas eficientes” de rápido direcionamento às galerias e corpos hídricos, a cartilha sinaliza de forma clara uma nova abordagem que favorece a retenção e melhoria da qualidade da água de drenagem “na fonte”, em sistemas simples e multifuncionais. Uma visão diametralmente oposta ao que vemos em nossas cidades, e que se implantados em larga escala criam condições favoráveis à recriação do ciclo hidrológico nas cidades, com a recarga do lençol freático, purificação e redução da poluição difusa, melhoria do microclima pela ação de evapotranspiração das plantas, criação de habitat para fauna local, redução dos volumes direcionados para redes pluviais e consequente redução de seção e de custo das galerias, e manutenção da qualidade dos mananciais locais. Um primeiro e fundamental passo para a melhoria da qualidade dos rios urbanos, largamente impactados pela poluição difusa das cidades.

Idealizado para avaliação e capacitação de prefeituras na implantação de programas municipais de drenagem, pode ser aplicado em vias públicas ou quintais de casas ou edifícios.

A técnica foi utilizada pela Fluxus em seu recente projeto de manejo integrado de água pluvial idealizado para o Estádio Nacional de Brasília, conforme post anterior (em Projeto de Manejo Integrado de Água Pluvial para o Estádio Nacional de Brasília).

Nossos agradecimentos sinceros ao inspirador trabalho desenvolvido pela ABCP e equipe do FCTH, responsáveis pela elaboração e produção deste primeiro caderno técnico.

Mais informações em:

http://solucoesparacidades.com.br/saneamento/4-projetos-saneamento/jardins-de-chuva/

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