Foi realizada uma visita de campo por dois especialistas, a fim de levantar informações necessárias, fazer observações e entender o contexto a ser trabalhado. Após esta visita, o desenvolvimento do conteúdo foi trabalhado visando um manejo integrado da água na propriedade, seja ela água de chuva, do poço, de abastecimento ou a água servida (esgoto); assim como propôs estratégias para que resíduos, como esgoto ou resíduos orgânicos sólidos, pudessem ser incorporados como fontes de recurso.

Neste projeto trabalhamos com a máxima de Bill Mollison, de que todo problema vem imbuído de uma solução própria, se formos capazes de compreender sua origem.

A configuração das estradas de acesso e do terreno dentro da microbacia somada à forma de ocupação de solo, que se constituía basicamente de solos degradados com grandes áreas de pasto, formavam uma situação desafiadora em que a concentração de água de chuva escoada causava erosão, e uma tendência de redução contínua do lençol freático e assoreamento do corpo d´agua situado mais abaixo do terreno – uma situação encontrada tipicamente na maioria das propriedades rurais. Para contornar essa situação acolhemos a água de chuva da estrada para dentro do terreno, além da água de escoamento dos terrenos vizinhos e do próprio terreno, recorrendo à canais de infiltração e lagos que favoreceram a construção de uma paisagem mais úmida, capaz de intervir positivamente e tirar proveito da situação, elevando o nível do lençol freático, e assim, aumentando a disponibilidade de água para uso próprio, além de aumentar a capacidade das nascentes oferecerem mais água aos terrenos vizinhos posicionados mais abaixo.

Visitas técnicas: Isabel Figueiredo e Guilherme Castagna
Desenvolvimento: Isabel Figueiredo, Jéssica Dias e Fefa Nigro
Revisão e aprovação: Guilherme Castagna