Debate sobre purificação de água no Forum Mundial da Água + Reidratando Paisagens com Água de chuva em Brasília

Caros amigos, esta semana estamos concentrados em Brasília, onde uma série de atividades acontecem a partir da realização simultânea do 8o. Fórum Mundial das Águas, e do Forum Alternativo Mundial das Águas. Iremos coordenar amanhã, dia 22/Mar às 16:30 na sala 17, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães um debate com a exposição de 3 experiências relevantes sobre a gestão descentralizada e tecnologias ambientais de baixo custo para purificação de água. No final de semana, já no sítio Nós na Teia, terei o prazer de oferecer o curso “Reidratando a Paisagem Urbana com Água de Chuva” em conjunto com o amigo e parceiro de longa data Sérgio Pamplona, bioarquiteto e permacultor que foi o coordenador da extinta Revista Permacultura Brasil, e é um dos expoentes da permacultura no país, cuja convivência com o clima de Brasília traz experiências ricas para todos nós que vivemos num cenário de variações climáticas extremas.

Para saber mais sobre o curso de 24 e 25/Março no Sítio Nós na Teia confira o site: http://sitionosnateia.com.br/

Está em Brasília e quer conferir o debate sobre “Tecnologias ambientais de baixo custo para purificação de Água” no Centro de Convenções Ulysses Guimarães? Então saiba mais:

Data: 22/Março (Dia Mundial da Água)
Horário: 16:30 – 18:00
Onde: Processo Cidadão (Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Sala 17)
Conteúdo: Painel de debates precedido pela apresentação de 3 experiências no tema:

1. Luciah Monchere, gestora do “Kibera Town Centre”, onde acontecem as atividades da ONG Queniana Human Needs Project. Kibera é oficialmente a maior favela do mundo, habitada por 2 milhões e meio de pessoas, e onde o Kibera Town Centre oferece água para usos diversos para os moradores da redondeza, desde água potável para consumo, lavanderias, chuveiros, e banheiros, este ultimo atendido por água de reuso produzido pelo tratamento de suas próprias águas servidas.

2. Eklavya Prasad, fundador e gestor da ONG indiana “Megh Pyne Abhiyan” (literalmente Campanha pela Água da Nuvem), cuja atuação teve início no estado de Bihar onde os alagamentos causados pelas chuvas de monções tornavam impossível o acesso dos moradores aos manancias tradicionais. A partir dessa realidade, MPA promoveu a adoção ampla da captação e do aproveitamento da água de chuva durante o período de monções, o que levou a um impulso para o resgate das estruturas ancestrais de manejo de água, como os poços comunitários, a adoção de práticas de saneamento ecológico, a construção local e autônoma de filtros de areia e carvão para tratamento de água do lençol que apresentava elevados teores de ferro e arsênico, além da adoção de análises simplificadas pelos usuários para garantir o acesso à água de boa qualidade.

3. Ricardo Bernardes, assessor técnico do Memorial Chico Mendes, apresentando sua experiência com captação de água de chuva, saneamento, e tratamento de água de poços rasos com a combinação de filtros de areia e filtros aerados construídos com comunidades ribeirinhas da região Amazônica. Um vivo paralelo com a experiência apresentada por Eklavya na India.

Mais informações no PDF (em inglês):

WWF8 Session Concept Note – Citizens Forum Session 21-03 4_30pm – low cost water purification technologies

E você, sabe de onde vem a água que bebe, bem como sua qualidade? Ainda que focado em iniciativas que adotam a descentralização como base para sua atuação, o painel traz o acesso à água de boa qualidade como um tema que nos faz lembrar da qualidade da água que bebemos nas grandes cidades, e em especial das comunidades atingidas por derramamentos de materiais tóxicos, como vilarejos e cidades de grande porte situados à margem do Rio Doce, por exemplo. De que forma essas experiências podem trazer ensinamentos relevantes para a gestão de água em grande escala?

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